Durante
a audiência geral de ontem, realizada na Praça de São Pedro, com a participação
de mais de 11.000 peregrinos, o Santo Padre concluiu as catequeses sobre a
oração do Saltério, e apresentou algumas reflexões sobre o Salmo 110, “um Salmo
que o próprio Jesus citou e que os autores do Novo Testamento em grande parte
retomam com referência ao Messias (...), muito amado pela Igreja antiga e dos
crentes de todos os tempos”, que celebra o “Messias vitorioso, glorificado à
direita de Deus”.
“O Salmo começa com uma declaração solene: ‘Oráculo do Senhor ao meu senhor: ‘Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos sob os teus pés’”. Bento XVI explicou que “é o Cristo, o Senhor (...) entronizado, o Filho do homem sentado à direita de Deus (...). Ele é o verdadeiro rei que com a ressurreição entrou na glória à direita Pai; feito superior aos anjos, sentado no céu, acima de todo poder e autoridade e com todo adversário a seus pés, até o último inimigo, a morte e, finalmente, conquistada por Ele.”
"Entre o rei celebrado pelo nosso Salmo e Deus existe relação inseparável; os dois governam juntos, a tal ponto que o salmista pode dizer que o próprio Deus a estender o cetro do rei, dando-lhe a tarefa de dominar seus adversários (...) O exercício do poder é um encargo que o rei recebe diretamente do Senhor, uma responsabilidade que deve viver na dependência e na obediência, tornando-o o sinal, no seio do povo, a poderosa presença e providência de Deus. O domínio sobre o inimigo, a glória e a vitória são dons recebidos, que fazem do soberano um mediador do triunfo divino sobre o mal."
No versículo 4 aparece a dimensão sacerdotal ligada a realeza: “O Senhor jurou e não se arrependerá: ‘Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque’”. Melquisedeque era o sacerdote rei de Salém, que abençoou Abraão e ofereceu pão e vinho após a bem-sucedida campanha militar conduzida pelo patriarca para salvar seu sobrinho Ló das mãos do inimigo que o havia capturado. (...) O rei celebrado no Salmo será sacerdote para sempre, o mediador da presença divina entre seu povo, através da bênção que vem de Deus (...). Jesus é o verdadeiro e definitivo sacerdote, que traz e completa as características do sacerdócio de Melquisedeque, tornando-o perfeito. (...) E a oferta de pão e vinho, feito por Melquisedeque no tempo de Abraão, encontra o seu cumprimento no gesto eucarístico de Jesus, que no pão e no vinho oferece a si mesmo, e vencida a morte, leva a vida todos os que creem. ”
Os versos finais do Salmo se abem “com a visão do rei triunfante que, apoiado pelo Senhor, tendo recebido Dele poder e glória, se opõe aos inimigos confundindo os adversários e julgando as nações. (...). O soberano, protegido do Senhor, quebra a cada obstáculo e avança seguro para a vitória.”
“A tradição da Igreja tem em grande consideração este salmo como um dos mais significativos textos messiânicos. (...) O rei cantado pelo salmista é Cristo, o Messias que instaura o Reino de Deus e supera os poderes do mundo, é o Verbo gerado do Pai antes de todas as criaturas, o Filho encarnado, morto e ressuscitado e sentado no céu, o sacerdote eterno que, no mistério do pão e do vinho, dá o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus, o rei que levanta a cabeça triunfando sobre a morte através de sua ressurreição”.
“O evento pascal de Cristo torna-se assim a realidade para a qual nos convida a olhar o Salmo, a olhar a Cristo para compreender o significado da verdadeira realeza, de viver no serviço e doação de si, em um caminho de obediência e de amor trazido até o fim. Rezando com este Salmo, peçamos ao Senhor de poder proceder também nós o seu caminho, no seguimento de Cristo, o Messias Rei, dispostos a subir com Ele o monte da cruz para entrar com Ele na glória, e contempla-lo sentado à direita do Pai, rei vitorioso e sacerdote misericordioso que dá o perdão e salvação a todos os homens.”
“Queridos Amigos” - concluiu o Pontífice – “Nestas ultimas catequeses, eu quis apresentar alguns dos Salmos, preciosas orações que encontramos na Bíblia e que refletem as diversas situações da vida e os vários estados de espírito que temos para com Deus. Gostaria agora de renovar a todos o convite para rezar mais com os Salmos, talvez acostumado a usar a Liturgia das Horas, as Laudes na parte da manhã, as Vésperas a tarde, as Completas antes de ir dormir. Nossa relação com Deus só pode ser enriquecida no cotidiano caminho em direção a Ele.”
“O Salmo começa com uma declaração solene: ‘Oráculo do Senhor ao meu senhor: ‘Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos sob os teus pés’”. Bento XVI explicou que “é o Cristo, o Senhor (...) entronizado, o Filho do homem sentado à direita de Deus (...). Ele é o verdadeiro rei que com a ressurreição entrou na glória à direita Pai; feito superior aos anjos, sentado no céu, acima de todo poder e autoridade e com todo adversário a seus pés, até o último inimigo, a morte e, finalmente, conquistada por Ele.”
"Entre o rei celebrado pelo nosso Salmo e Deus existe relação inseparável; os dois governam juntos, a tal ponto que o salmista pode dizer que o próprio Deus a estender o cetro do rei, dando-lhe a tarefa de dominar seus adversários (...) O exercício do poder é um encargo que o rei recebe diretamente do Senhor, uma responsabilidade que deve viver na dependência e na obediência, tornando-o o sinal, no seio do povo, a poderosa presença e providência de Deus. O domínio sobre o inimigo, a glória e a vitória são dons recebidos, que fazem do soberano um mediador do triunfo divino sobre o mal."
No versículo 4 aparece a dimensão sacerdotal ligada a realeza: “O Senhor jurou e não se arrependerá: ‘Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque’”. Melquisedeque era o sacerdote rei de Salém, que abençoou Abraão e ofereceu pão e vinho após a bem-sucedida campanha militar conduzida pelo patriarca para salvar seu sobrinho Ló das mãos do inimigo que o havia capturado. (...) O rei celebrado no Salmo será sacerdote para sempre, o mediador da presença divina entre seu povo, através da bênção que vem de Deus (...). Jesus é o verdadeiro e definitivo sacerdote, que traz e completa as características do sacerdócio de Melquisedeque, tornando-o perfeito. (...) E a oferta de pão e vinho, feito por Melquisedeque no tempo de Abraão, encontra o seu cumprimento no gesto eucarístico de Jesus, que no pão e no vinho oferece a si mesmo, e vencida a morte, leva a vida todos os que creem. ”
Os versos finais do Salmo se abem “com a visão do rei triunfante que, apoiado pelo Senhor, tendo recebido Dele poder e glória, se opõe aos inimigos confundindo os adversários e julgando as nações. (...). O soberano, protegido do Senhor, quebra a cada obstáculo e avança seguro para a vitória.”
“A tradição da Igreja tem em grande consideração este salmo como um dos mais significativos textos messiânicos. (...) O rei cantado pelo salmista é Cristo, o Messias que instaura o Reino de Deus e supera os poderes do mundo, é o Verbo gerado do Pai antes de todas as criaturas, o Filho encarnado, morto e ressuscitado e sentado no céu, o sacerdote eterno que, no mistério do pão e do vinho, dá o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus, o rei que levanta a cabeça triunfando sobre a morte através de sua ressurreição”.
“O evento pascal de Cristo torna-se assim a realidade para a qual nos convida a olhar o Salmo, a olhar a Cristo para compreender o significado da verdadeira realeza, de viver no serviço e doação de si, em um caminho de obediência e de amor trazido até o fim. Rezando com este Salmo, peçamos ao Senhor de poder proceder também nós o seu caminho, no seguimento de Cristo, o Messias Rei, dispostos a subir com Ele o monte da cruz para entrar com Ele na glória, e contempla-lo sentado à direita do Pai, rei vitorioso e sacerdote misericordioso que dá o perdão e salvação a todos os homens.”
“Queridos Amigos” - concluiu o Pontífice – “Nestas ultimas catequeses, eu quis apresentar alguns dos Salmos, preciosas orações que encontramos na Bíblia e que refletem as diversas situações da vida e os vários estados de espírito que temos para com Deus. Gostaria agora de renovar a todos o convite para rezar mais com os Salmos, talvez acostumado a usar a Liturgia das Horas, as Laudes na parte da manhã, as Vésperas a tarde, as Completas antes de ir dormir. Nossa relação com Deus só pode ser enriquecida no cotidiano caminho em direção a Ele.”
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