quinta-feira, 21 de junho de 2012

PASTORAL DA SOBRIEDADE


Semana Nacional de Prevenção / Semana Municipal de Combate as Drogas

Senhores Agentes da Sobriedade,

Sábado próximo, 23 de junho, será a caminhada "Uma Marcha pela Vida", a qual percorrerá a Lagoa da Jansen em importante sinalização da preocupação da Igreja, através da Pastoral da Sobriedade, com a Prevenção e Combate às Drogas.

Está acertado com a Arquidiocese de todos se concentrarem na Lagoa na pracinha do monumento do barquinho (quase em frente ao Hotel Veleiros) às 15h. E de lá seguir em caminhada até a Concha Acústica, onde ocorrerá uma celebração eucarística com início às 18h.

O roteiro da missa e a folha de cantos estão em anexo.

Nós da Paróquia São Francisco estamos responsáveis com levar ao menos 200 folhas de canto impressas para a celebração. Peço a quem possa colaborar com as impressões me responderem com a quantidade que poderá oferecer.

Também nos foi solicitado pessoas para auxiliagem na missa nos momentos em que será necessário entrar com placas ou camisas (conforme roteiro). Novamente, peço a quem puder colaborar com essa participação que me responda.

Estamos nos organizando para ir para caminhada da seguinte forma:
- Concentração:
  • 14:40 em frente à matriz
  • 14:40 em frente à Santa Luzia
  • 14:40 em frente à igreja Perpétuo Socorro
OBS: Somente quem estiver nos locais de concentração receberão as camisas da caminhada. Caso contrário, aconselhamos as pessoas a irem com as camisas de seus movimentos/pastorais.

Às 15h seguiremos a pés para Lagoa para se juntar às demais comunidades.
- Carro de som: como vamos todos a pés (e não de ônibus como as paróquias distantes), estamos providenciando um carro de som para animar e ajudar a organizar nosso deslocamento para a Lagoa, bem como a volta da Concha Acústica para os pontos de concentração.

- Divulgação: nas missas das comunidades e matriz estamos distribuindo panfletos e dando os avisos (na medida de nossa capacidade). Entramos em contato com coordenadores de pastorais e movimentos da paróquia. Deixamos material de prevenção em 7 escolas da comunidade e Obras Sociais. Divulgamos durante o trabalho da prevenção no Desembargador Sarney. Panfletos serão distribuídos no arraiá das Obras Sociais dessa sexta-feira. Propaganda em mídia feito pela arquidiocese. E... contamos com a colaboração de vocês para divulgar mais.

------------------------------
Ainda...

Não esqueção que Domingo, dia 24 de junho, é dia da carreata com bandeirada na Av. Litorânea.

- Concentração: 11h (manhã) em frente ao Rio Poty Hotel.

Em seus carros ou de carona, participem!



Jocielma Rocha
Pastoral da Sobriedade
8815-8836

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Bote Fé São Luis

 

Programação

PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO BOTE FÉ – EVENTO DE ACOLHIDA DA CRUZ E DO ÍCONE DE NOSSA SENHORA, SIMBOLOS DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE. (27 A 30 DE ABRIL DE 2012)

DIA 27/04 – SEXTA FEIRA:
10h – CONCENTRAÇÃO NO PORTO DA PONTA DA MADEIRA (Terminal do Ferry-boat). Este momento de espera da Cruz e do Ícone será animado pela Comunidade Ebenezer com cantos, intercalados com reflexões sobre a realidade da juventude (em forma de teatro).
11h – CHEGADA DA CRUZ E DO ÍCONE DE NOSSA SENHORA – Representantes de todas as Pastorais e movimentos da Arquidiocese receberão os símbolos, que serão entregues por jovens da Diocese de Pinheiro. RECEPÇÃO COM AS AUTORIDADES: após ser entregue as agentes de pastorais, a Cruz e o ícone, serão conduzidos até o palco montado no pátio do terminal, onde serão recepcionados pelas autoridades civis e religiosas ali representadas. Segue-se a fala do Arcebispo Metropolitano, do Prefeito, da Governadora etc… (momento breve)
12h – SAÍDA EM CARREATA – A Cruz deixa o porto em direção a Universidade Federal do Maranhão, conduzida pelo carro do Corpo de Bombeiros acompanhado pela juventude em carreata.
13h – CHEGADA NA UFMA – Recepção da Cruz e do Ícone pelo Reitor, pelos funcionários e alunos da instituição. Uma breve reflexão sobre o papel da Universidade, suas contribuições sociais, sua função transformadora. Aqui será feito um histórico da UFMA como uma das contribuições da Igreja do Maranhão. Serão feitas homenagens e lembrados os nomes dos pioneiros do ensino superior na ilha de São Luis. Segue-se uma Benção Solene com a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora á instituição.
A carreata deixa a UFMA em direção à Catedral Metropolitana.
15h – CHEGADA NA CATEDRAL – A Cruz e o Ícone serão entronizados na Catedral, onde após um momento de animação será apresentado um histórico das Jornadas Mundiais da Juventude, com imagens de todas as JMJ. Segue este momento, a apresentação de todos os hinos das JMJ, nas várias línguas, cantados pelo Ministério de Música da Comunidade Shalom. VENERAÇÃO DA SANTA CRUZ.
17h30 – CELEBRAÇÃO EUCARÍISTICA: Presidida por Dom José Carlos Chacorowisk – bispo auxiliar da Arquidiocese de São Luís.
19h – VISITAÇÕES – momento para fotos, imprensa etc..
21h – RECITAÇÃO DO TERÇO – Legião de Maria Juvenil e demais segmentos.
22h – CATEQUESES: (momentos de reflexão dos movimentos e pastorais juvenis)
22h às 23h – Caminho Neo-Catecumenato
23h à 00h – Pastoral Catequética
00h á 01h – Movimento Eucarístico Jovem (MEJ)
01h às 02h – Ministério Jovem da RCC
02h às 03h – Pastoral da Juventude
03h às 04h – Serviço de Animação Vocacional (SAV)
04h às 05h – Fraternidade O Caminho
05h às 06h – Juventude Missionária

DIA 28/04 – SÁBADO

06h – SAÍDA PARA BACABEIRA – A cruz deixará a Catedral e seguirá para Bacabeira, onde será recepcionada pelos padres e pela juventude da Forania São Benedito.
Durante toda a manha a Forania estará desenvolvendo atividades com a juventude, com a presença dos símbolos da JMJ.

12h – SAÍDA DE BACABEIRA – Retorno para São Luís.

14h – PENITENCIÁRIA DE PEDRINHAS – A Cruz e o Ícone da Mãe de Deus visitarão o presídio São Luís, numa perspectiva de aproximação da realidade carcerária vivida em nosso Estado. Uma breve reflexão sobre a conjuntura do sistema carcerário e um ato litúrgico marcarão esta passagem da Cruz no presídio. A Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese e a Pastoral Carcerária são referenciais para esta visita.
Segue-se em carreata até o hospital Aldenora Bello.

16h – HOSPITAL ALDENORA BELLO – Tendo em vista o tema da Campanha da Fraternidade 2012 (Fraternidade e Saúde Pública) a Cruz e o Ícone visitam a Fundação Antônio Jorge Dino – Hospital de Referência no Tratamento do Câncer no Maranhão – Aqui será realizado uma celebração de Benção dos Enfermos e a Consagração à Nossa Senhora.
Referencias: Pastoral da Saúde, Capelania do Hospital, Pe Haroldo, Paróquia de S. Vicente e Santuário da Conceição.
A partir das 16h bandas farão animação na praça Maria Aragão, preparando a acolhida da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora.

18h – CHEGADA DA CRUZ NA PRAÇA MARIA ARAGÃO – Queima de fogos, animações…!

18h30 – SANTA MISSA – Celebração Eucarística presidida por Sua Excelência Reverendíssima dom José Belisário da Silva, arcebispo metropolitano de São Luís. Concelebrada pelo bispo auxiliar, dom José Carlos Chacorowski, demais bispos do Regional NE 5 (Maranhão) e pelo clero arquidiocesano.

21h – SHOW DE ABERTURA – HOMENAGEM A JOÃO PAULO II (COMUNIDADE SHALOM).

21h30 – SHOW COM BANDAS LOCAIS – vários ministérios de música, formando uma única banda, farão apresentação por meia hora. Hino oficial da peregrinação da Cruz…!
SHOWS
22h – Zé Vicente
22h40 – Davidson Silva
23h20 – Padre Reginaldo Manzotti
00h – Via 33
01h – Encerramento dos shows
01h30 – Saída em caminhada luminosa levando a Cruz e o Ícone para a Igreja de São Miguel Arcanjo. A comunidade assumirá a vigília até as 7h da manhã.
6h – Alvorada as – queima de fogos, fanfarras, músicas etc.

DIA 29/04 – DOMINGO
07h30 – Saída em carreata rumo à Igreja de São João Batista – Recanto dos Vinhaes.

08h – CHEGADA NA IGREJA DO RECANTO – A Igreja de São João Batista é referência histórica da chegada do Evangelho na Ilha de Upaon-Açú. Por ocasião do Jubileu dos 400 anos da presença do Evangelho, a Cruz Peregrina e o Ícone da Santíssima Virgem visitam o templo onde se iniciou a missão no Maranhão.

09h – SANTA MISSA – Na Igreja de São João Batista, Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil. Liturgia por conta da comunidade local com o padre Cláudio Correa.

10h – INAUGURAÇÃO DO CRUZEIRO – Marco comemorativo da passagem da Cruz e do Ícone da JMJ na Igreja de São João Batista e do Jubileu dos 400 anos.

10h30 – Saída em direção à Avenida Litorânea.

11h – CARREATA NA LITORÂNEA – BOTE FÉ NA VIDA – Manifesto pró-vida denunciando todas as formas de degradação e desrespeito à vida humana na sociedade e no planeta.
Referencial: Movimento Pro-vida, Campanha SOS vida no Trânsito (Maçonaria), Caritas Brasileira, Campanha Contra o Extermínio de Jovens, Comitê Dorothy dentre outros… Panfletagem, abordagens, depoimentos, músicas etc..

12h – Concentração no Parquinho da LITORÂNEA. Encerramento do ato público com breves depoimentos. Segue-se em carreata até o Comando Geral da Policia Militar do Maranhão.

12h30 – ACOLHIDA DA CRUZ NO COMANDO GERAL DA POLÍCIA MILITAR – HOMENGENS À CRUZ PEREGRINA E AO ÍCONE DA SANTÍSSIMA VIRGEM.

13h – ALMOÇO – Partilhado com os peregrinos. Pátio da Policia Militar.

14h – Saída em Carreata em direção à Igreja de São Francisco no Bairro São Francisco.

14h30 – CONCENTRAÇÃO EM FRENTE À IGREJA. Animação com os trios e distribuição dos lenços brancos para a caminhada.

15h – INÍCIO DA PEREGRINAÇÃO DOS JOVENS COM A CRUZ E O ÍCONE DE NOSSA SENHORA – ATRAVESSANDO A PONTE DO SÃO FRANCISCO EM CAMINHADA RUMO À CATEDRAL METROPOLITANA – UM MANISFESTO PELA PAZ SOB O SINAL DA CRUZ DE CRISTO E A COMPANHIA DA VIRGEM MARIA. (Ao longo da caminhada, músicas, orações pela paz na cidade, animação com os trios).

16h30 – CHEGADA NA CATEDRAL – INAUGURAÇÃO DO BUSTO DO PAPA JOÃO PAULO II – “Ao Papa dos Jovens, por ocasião da peregrinação da Cruz da JMJ e do Ícone da Virgem Santíssima, no Jubileu dos 400 anos da presença do Evangelho no Maranhão do Ano da Graça do Senhor de 2012”.
O busto do Santo Padre será colocado em frente ao Palácio Arquiepiscopal, sede do Governo Arquidiocesano.

17h30 – SANTA MISSA – Celebração Eucarística de Envio – Domingo do Bom Pastor.
Referencial: OSIB, CRB, SAV – Benção Solene com a CRUZ e o Ícone de Nossa Senhora.
SEGUNDA–FEIRTA 30
A partir das 08h – Exposição ao público na Escola Santa Teresa

14h – segue para o aeroporto – destino Imperatriz

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Reunião do CPP

Caros Irmãos na Fé,

No dia 20 de abril de 2012 as 20 horas na Igreja Matriz São Francisco de Assis, próxima sexta-feira faremos exepcionalmente nossa reunião do CPP. Onde trataremos sobre o acolhimento da CRUZ e do ÍCONE de NOSSA SENHORA, da Jornanda Mundial da Juventude que acontecerá no domingo dia 29 de abril de 2012.
 
Esperamos todos vocês.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida

Exmos. e Revmos. Srs.
Cardeais, Arcebispos e Bispos
Em própria sede
ASSUNTO: Vigília de Oração pela Vida, às vésperas do dia 11/04/12, quarta feira.
DGAE/2011-2015: Igreja a serviço da vida plena para todos (nn. 65-72)
“Para que TODOS tenham vida” (Jo 10,10).
CF 2008: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
CF 2012: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8).

Irmãos no Episcopado,

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil jamais deixou de se manifestar como voz autorizada do episcopado brasileiro sobre temas em discussão na sociedade, especialmente para iluminá-la com a luz da fé em Jesus Cristo Ressuscitado, “Caminho, Verdade e Vida”.
Reafirmando a NOTA DA CNBB (P – 0706/08, de 21 de agosto de 2008) SOBRE ABORTO DE FETO “ANENCEFÁLICO” REFERENTE À ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 54 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a presidência solicita aos irmãos no episcopado:
  • Promoverem, em suas arqui/dioceses, uma VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELA VIDA, às vésperas do julgamento pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade legal do “aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente denominados anencefálicos” (CNBB, nota P-0706/08).
Informa-se que a data do julgamento da ADPF Nº 54/2004 será DIA 11 DE ABRIL DE 2012, quarta feira da 1ª Semana da Páscoa, em sessão extraordinária, a partir das 09 horas.
Com renovada estima em Jesus Cristo, nosso Mestre Vencedor da morte, agradecemos aos irmãos de ministério em favor dos mais frágeis e indefesos,

Cardeal Raymundo Damasceno Assis Dom José Belisário da Silva Dom Leonardo Steiner
Arcebispo de Aparecida Arcebispo de São Luiz Bispo Auxiliar de Brasília
Presidente da CNBB Vice Presidente da CNBB Secretário Geral da CNBB


Nota da CNBB sobre Aborto de Feto “Anencefálico”
Referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 do Supremo Tribunal Federal
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em reunião ordinária, vem manifestar-se sobre a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF n° 54/2004), em andamento no Supremo Tribunal Federal, que tem por objetivo legalizar o aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente denominados “anencefálicos”, que não têm em maior ou menor grau, as partes superiores do encéfalo e que erroneamente, têm sido interpretados como não possuindo todo o encéfalo, situação que seria totalmente incompatível com a vida, até mesmo pela incapacidade de respirar. Tais circunstâncias, todavia, não diminuem a dignidade da vida humana em gestação.
Recordamos que no dia 1° de agosto de 2008, no interior do Estado de São Paulo, faleceu, com um ano e oito meses, a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, diagnosticada com anencefalia. Quando Marcela ainda estava viva, sua pediatra afirmou: “a menina é muito ativa, distingue a sua mãe e chora quando não está em seus braços.” Marcela é um exemplo claro de que uma criança, mesmo com tão malformação, é um ser humano, e como tal, merecedor de atenção e respeito. Embora a Anencefalia esteja no rol das doenças congênitas letais, cursando com baixo tempo de vida, os fetos portadores destas afecções devem ter seus direitos respeitados.
Entendemos que os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, da Constituição Federal) referem-se também aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada todos os outros direitos são menosprezados. Uma “sociedade livre, justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes e indefesos. As pretensões de desqualificação da pessoa humana ferem sua dignidade intrínseca e inviolável.
A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. Há uma enorme diferença ética, moral e espiritual entre a morte natural e a morte provocada. Aplica-se aqui, o mandamento: “Não matarás” (Ex 20,13).
Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis. O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso.
A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede, que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade.
Com toda convicção reafirmamos que a vida humana é sagrada e possui dignidade inviolável. Fazendo, ainda, ecoar a Palavra de Deus que serviu de lema para a Campanha da Fraternidade, deste ano, repetimos: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

Dom Geraldo Lyrio Rocha - Arcebispo de Mariana - Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira Arcebispo de Manaus – Vice Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 22 de março de 2012

VISITA PASTORAL

Caros Irmãos na Fé,

Teremos nossa reunião do CPP excepcionalmente nesta sexta-feira dia 23/03/2012 às 20 horas com a presença de nosso Bispo Auxiliar Dom José Carlos Chacorowski CM. Gostaríamos de contarmos com a presença de todos que fazem parte da nossa Paróquia São Francisco de Assis.

sábado, 17 de março de 2012

ENCONTRO COM AS FAMÍLIAS


Redescobrindo a família como
Patrimônio da humanidade.

        Dentro da preparação para o Encontro mundial das Famílias, a Paróquia São Francisco de Assis, convida todas as Famílias para perticiparem de uma manhã de Espiritualidade que acontecerá dia 18 de Março(amanhã) de 10h às 12h, na Igreja Matriz São Francisco.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

AUDIÊNCIA GERAL DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Na audiência geral da quarta-feira de Cinzas, catequese do Papa sobre o sentido da Quaresma
22/02/2012

Bento XVI assinalou ontem o início da Quaresma na Igreja Católica, alertando para as consequências do “secularismo” e da “cultura materialista” que impedem na sociedade contemporâneo “qualquer referência ao transcendente”.
O Papa falava na audiência geral desta semana, diante de milhares de pessoas reunidas no Vaticano, aludindo a um “céu escuro, coberto pelas nuvens do egoísmo, da incompreensão e do engano”.
“Apesar disso, também para a Igreja o tempo do deserto pode transformar-se em tempo de graça, porque temos a certeza de que também da rocha dura, Deus faz brotar a água viva”, referiu.
Em português, Bento XVI convidou os fiéis a empreenderem “um caminho de conversão e renovação espiritual”.
“Queridos irmãos e irmãs,
Nos próximos quarenta dias, que nos levarão até ao Tríduo Pascal – celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo –, somos convidados a viver um caminho de conversão e renovação espiritual, que nos faça sair de nós mesmos para ir ao encontro do Senhor. Este período será um tempo propício para uma experiência mais profunda de Deus, que torne forte o espírito, confirme a fé, alimente a esperança e anime a caridade. Poderemos assim ver e recordar tudo aquilo que Ele fez por nós. Daí concluiremos que só o Senhor nos merece; e, sem mais adiamentos nem hesitações, entregar-nos-emos nas suas mãos. E Cristo tornar-nos-á participantes da vitória sobre o pecado e a morte, que Ele nos alcançou com o seu amor levado até ao extremo da imolação por nós na cruz. Seguindo o caminho da cruz com Jesus, ser-nos-á aberto o mundo luminoso de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria. Inundados por esta luz, ganharemos nova coragem para aceitar, com fé e paciência, todas as dificuldades, aflições e provações da vida, sabendo que, das trevas, o Senhor fará surgir a alvorada nova da ressurreição.
A minha saudação amiga para o grupo escolar da Lourinhã e todos os peregrinos presentes de língua portuguesa. A Virgem Maria tome cada um pela mão e vos acompanhe durante os próximos quarenta dias que servem para vos conformar ao Senhor ressuscitado. A todos desejo uma boa e frutuosa Quaresma!”

(Com informações: Radio Vaticano)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

MENSAGEM DO PAPA PARA O XX DIA MUNDIAL DO DOENTE

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O XX DIA MUNDIAL DO DOENTE
(11 DE FEVEREIRO DE 2012)


«Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (Lc 17, 19)
Amados irmãos e irmãs
Por ocasião do Dia Mundial do Doente, que celebraremos no próximo dia 11 de Fevereiro de 2012, memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos lugares de cura ou recebem os cuidados das famílias, enquanto manifesto a cada um deles a solicitude e o afecto da parte de toda a Igreja. No acolhimento generoso e amoroso de cada vida humana, sobretudo da frágil e doente, o cristão expressa um aspecto importante do seu testemunho evangélico, segundo o exemplo de Cristo, que se debruçou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para os curar.
1. Neste ano, que constitui a preparação mais próxima para o solene Dia Mundial do Doente, que será celebrado na Alemanha no dia 11 de Fevereiro de 2013 e que meditará sobre a emblemática figura evangélica do bom samaritano (cf. Lc 10, 29-37), gostaria de chamar a atenção para os «Sacramentos de cura», ou seja, o Sacramento da Penitência e da Reconciliação, e o Sacramento da Unção dos Enfermos, que encontram o seu cumprimento natural na Comunhão Eucarística.
O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de são Lucas (cf. Lc 17, 11-19), de maneira particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (v. 19), ajudam a tomar consciência acerca da importância da fé para aqueles que, angustiados pelo sofrimento e pela enfermidade, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele, podem experimentar realmente que quantos acreditam nunca estão sozinhos! Com efeito, no seu Filho Deus não nos abandona às nossas angústias e sofrimentos, mas está próximo de nós, ajuda-nos a suportá-los e deseja curar profundamente o nosso coração (cf. Mc 2, 1-12).
A fé daquele único leproso que, vendo-se purificado, cheio de admiração e de alegria, contrariamente aos demais, vai imediatamente até Jesus para lhe manifestar o próprio reconhecimento, deixa entrever que a saúde readquirida é sinal de algo mais precioso do que a simples cura física, pois constitui um sinal da salvação que Deus nos concede através de Cristo; ela encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou! Quem, no seu próprio sofrimento e enfermidade, invoca o Senhor, está convicto de que o Seu amor nunca o abandona, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da Sua obra salvífica, jamais desfalece. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela deste modo a importância que o homem, na sua integridade de alma e corpo, reveste para o Senhor. De resto, cada Sacramento expressa e põe em prática a proximidade do próprio Deus que, de modo absolutamente gratuito, «nos toca por meio de realidades materiais... que Ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). «Aqui, torna-se visível a unidade entre criação e redenção. Os sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro» (Homilia, Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
A tarefa principal da Igreja é, sem dúvida, o anúncio do Reino de Deus, «mas precisamente este mesmo anúncio deve revelar-se um processo de cura: “...tratar os corações torturados” (Is 61, 1)» (Ibidem), em conformidade com a função confiada por Jesus aos seus discípulos (cf. Lc 9, 1-2; Mt 10, 1.5-14; e Mc 6, 7-13). Por conseguinte, o binómio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma ajuda-nos a compreender melhor os «Sacramentos de cura».
2. Il Sacramento da Penitência esteve com frequência no centro da reflexão dos Pastores da Igreja, precisamente devido à sua grande importância no caminho da vida cristã, uma vez que «toda a eficácia da Penitência consiste em restituir-nos à graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.468). Dando continuidade ao anúncio de perdão e de reconciliação feito ressoar por Jesus, a Igreja não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Ela faz seu o apelo do apóstolo Paulo: «Em nome de Cristo... sejamos embaixadores: através de nós, é o próprio Deus quem exorta. Suplicamo-vos, em nome de Jesus Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Ao longo da sua vida, Jesus anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para incutir esperança também na obscuridade mais profunda do sofrimento e do pecado, para conceder a vida eterna; deste modo, no Sacramento da Penitência, na «medicina da confissão», a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal Reconciliatio et paenitentia, 31).
Deus, «rico de misericórdia» (Ef 2, 4), como o pai da parábola evangélica (cf. Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas espera por eles, procura-os e alcança-os onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e na divisão, chamando-os a reunir-se ao redor da sua mesa, na alegria da festa do perdão e da reconciliação. O momento do sofrimento, no qual poderia surgir a tentação de se abandonar ao desânimo e ao desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para voltar a si mesmo e, como o filho pródigo da parábola, reconsiderar a própria vida, reconhecendo os próprios erros e fracassos, sentindo a saudade do abraço do Pai e repercorrendo o caminho rumo à sua Casa. No seu grande amor, Ele vigia sempre e de qualquer modo sobre a nossa existência, e espera-nos para oferecer a cada um dos filhos que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.
3. Da leitura dos Evangelhos sobressai claramente o modo como Jesus sempre demonstrou uma atenção particular para com os enfermos. Ele não só convidou os seus discípulos a curar as feridas dos mesmos (cf. Mt 10, 8; Lc 9, 2; 10, 9), mas também instituiu para eles um Sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A Carta de Tiago dá testemunho da presença deste gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (cf. 5, 14-16): mediante a Unção dos Enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, a Igreja inteira recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, a fim de que alivie as suas penas e os salve, aliás, exorta-os a unir-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir deste modo para o bem do Povo de Deus.
Tal Sacramento leva-nos a contemplar o dúplice mistério do Monte das oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante do caminho que lhe fora indicado pelo Pai, a senda da Paixão, do supremo gesto de amor, e aceitou-a. Naquela hora de provação, Ele é o mediador, «transportando em si mesmo, assumindo em si próprio o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-os em clamor a Deus, levando-os diante dos olhos e até às mãos de Deus, e assim conduzindo-os realmente até ao momento da Redenção» (Lectio divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de Fevereiro de 2010). Mas «o Horto das Oliveiras é... inclusive o lugar a partir do qual Ele subiu ao Pai, tornando-se assim o lugar da Redenção... Este dúplice mistério do Monte das Oliveiras também está sempre “activo” no óleo sacramental da Igreja... sinal da bondade de Deus que nos toca» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). Na Unção dos Enfermos, a matéria sacramental do óleo é-nos oferecida por assim dizer, «como medicamento de Deus... que agora nos torna seguros da sua bondade e deve revigorar-nos e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, a ressurreição (cf. Tg 5, 14)» (Ibid.).
Este Sacramento merece hoje uma maior consideração, quer na reflexão teológica, quer na obra pastoral em favor dos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não só quando o doente está no fim da própria vida (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1.514), a Unção dos Enfermos não deve ser considerada como que «um sacramento menor» em relação aos demais. A atenção e a cura pastoral pelos enfermos, se por um lado é sinal da ternura de Deus por aqueles que se encontram no sofrimento, por outro traz benefício espiritual também aos sacerdotes e a toda a comunidade cristã, na consciência de que o que fazemos aos mais pequeninos, é ao próprio Jesus que o fazemos (cf. Mt 25, 40).
4. A propósito dos «Sacramentos de cura», santo Agostinho afirma: «Deus cura todas as tuas enfermidades. Portanto, não temas: todas as tuas enfermidades serão curadas... Tu só deves permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos» (Exposição sobre o Salmo 102, 5: PL 36, 1319-1320). Trata-se de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o doente a conformar-se cada vez mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Juntamente com estes dois Sacramentos, gostaria de sublinhar também a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença ela contribui, de maneira singular, para realizar tal transformação, associando aquele que se alimenta do Corpo e do Sangue de Jesus, à oferenda que Ele fez de si mesmo ao Pai, para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial, e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção para garantir a possibilidade de se aproximarem com frequência da Comunhão sacramental àqueles que, por motivos de saúde ou de idade, não podem acorrer aos lugares de culto. Deste modo, a estes irmãos e irmãs é oferecida a possibilidade de revigorar a relação com Cristo crucificado e ressuscitado, participando com a sua vida oferecida por amor a Cristo, na missão da própria Igreja. Nesta perspectiva, é importante que os sacerdotes que exercem a sua obra delicada nos hospitais, nas casas de cura e nas habitações dos doentes se sintam verdadeiros «“ministros dos enfermos”, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve alcançar cada homem assinalado pelo sofrimento» (Mensagem para o XVIII Dia Mundial do Doente, 22 de Novembro de 2009).
A conformação com o Mistério pascal de Cristo, realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, adquire um significado totalmente particular, quando e Eucaristia é administrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam de modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Com efeito a Eucaristia, principalmente como viático, é — segundo a definição de santo Inácio de Antioquia — «remédio de imortalidade, antídoto contra a morte» (Carta aos Efésios, 20: PG 5, 661), sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.
5. O tema desta Mensagem para o XX Dia Mundial do Doente: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!», visa também o próximo «Ano da Fé», que terá início a 11 de Outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os seus conteúdos e para a testemunhar na vida de todos os dias (cf. Carta Apostólica Porta fidei, 11 de Outubro de 2011). Desejo encorajar os doente e quantos sofrem a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e dos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a permanecerem cada vez mais disponíveis à sua celebração para os enfermos. Segundo o exemplo do Bom Pastor e como guias do rebanho que lhes foi confiado, os presbíteros sejam repletos de alegria, atentos aos mais frágeis, aos simples, aos pecadores, manifestando a misericórdia infinita de Deus com as palavras tranquilizadoras da esperança (cf. Santo Agostinho, Carta 95, I: PL 33, 351-352).
Àqueles que trabalham no mundo da saúde, assim como às famílias que nos seus próprios entes queridos veem a Face sofredora do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e o da Igreja a fim de que, na competência profissional e no silêncio, muitas vezes inclusive sem mencionar o nome de Cristo, manifestam-no concretamente (cf. Homilia na Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
A Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, elevemos o nosso olhar confiante e a nossa prece; a sua compaixão materna, vivida ao lado do Filho agonizante na Cruz, acompanhe e sustenha a fé e a esperança de cada pessoa enferma e sofredora ao longo do caminho de cura das feridas do corpo e do espírito.
A todos asseguro a minha recordação orante, enquanto concedo a cada um uma especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 20 de Novembro de 2011, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.


BENEDICTUS PP XVI



© Copyright 2011 - Libreria Editrice Vaticana

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Logomarca oficial da JMJ Rio2013

Conceito
          Com base no trecho da Palavra do Evangelho de São Mateus, percebe-se a necessidade de expressar uma referência direta à imagem de Jesus e ao sentido do discípulo. Neste episódio, Jesus se encontrou com seus discípulos em uma montanha, após sua ressurreição. Como símbolo da cidade do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor também se encontra em uma montanha e é um monumento reconhecido no mundo inteiro. O tema é uma palavra de ordem proclamada pelo próprio Senhor Jesus, e assim a Sua imagem possui destaque no centro do símbolo.
          Os elementos do símbolo formam a imagem de um coração. Na fé dos povos o coração assumiu papel central, assim como o Brasil será o centro da juventude na Jornada Mundial. Também designa o homem interno por inteiro, se tornando nesta composição a referência aos discípulos que possuem Jesus em seus corações.
          Os braços do Cristo Redentor ultrapassam a figura do coração, como o abraço acolhedor de Deus aos povos e jovens que estarão no Brasil. Representa nossa acolhida, como povo de coração generoso e hospitaleiro.
          A parte superior (em verde) foi inspirada nos traços do Pão de Açúcar, símbolo universal da cidade do Rio de Janeiro, e a cruz contida nela reforça o sentido do território brasileiro conhecido por Terra de Santa Cruz. As formas que finalizam a imagem do coração possuem a cor azul, representando o litoral, somada ao verde e amarelo que transmitem a brasilidade das cores da bandeira nacional.

      

Todos os direitos reservados. Marca registrada.
Logomarca oficial da JMJ Rio2013 protegida nos termos da Lei de Direitos Autorais.
SETOR COMUNICAÇÃO JMJ RIO2013

Catequese do Papa Bento XVI - 08/02/2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução de Mirticeli Medeiros - equipe CN Notícias)




CATEQUESE
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje gostaria de refletir convosco sobre a oração de Jesus na eminência da morte, detendo-me sobre aquilo que nos refere São Marcos e São Mateus. Os dois Evangelistas retratam a oração de Jesus que está morrendo não somente na língua grega, com a qual foi escrita a narração, mas, para a importância destas palavras, também numa mistura de hebraico e aramaico.

Deste nos foi transmitido não somente o conteúdo, mas também o tom que tal oração teve sobre os lábios de Jesus: escutamos realmente as palavras de Jesus como eram, ao mesmo tempo, eles nos descreveram a atitude dos presentes diante da crucificação, que não compreenderam - ou não quiseram compreender – esta oração.

Escreve São Marcos, como escutamos: "Ao meio dia, a terra ficou escura até as três da tarde. Às três, Jesus gritou em alta voz: "Eloì, Eloì, lemà sabactàni?", que significa: "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?" (15,34). Na estrutura da narração, a oração, o grito de Jesus se levanta no cume das três horas de trevas, que, do meio dia até as três da tarde, calaram sobre toda a terra.

Estas três horas de escuridão, são, por sua vez, a continuação de um precedente lapso de tempo também de três horas, iniciado com a crucificação de Jesus. O Evangelista Marcos, de fato, nos informa que: "Eram nove horas da manhã quando o crucificaram" (cfr 15,25). Da junção das indicações horárias da narração, as seis horas de Jesus sobre a cruz são articuladas em duas partes cronologicamente equivalentes.

Nas primeiras três horas, das nove ao meio dia, se colocam escarnecimentos dos diversos grupos de pessoas, que mostram o seu ceticismo e afirma de não acreditarem. Escreve São Marcos: "Aqueles que passam por ele, o insultavam" (15,29); "assim também os sumo sacerdotes, com os escribas, entre eles escarneciam dele" (15,31); "e também aqueles que estavam crucificados com ele o insultavam" (15,32).

Nas três horas seguintes, do meio dia às três da tarde, o Evangelista fala somente das trevas que caíram sobre a terra, o escuro ocupa sozinho toda a cena sem qualquer referência sobre o movimento dos personagens ou das palavras. Quando Jesus se aproxima sempre mais da morte, existe somente escuridão que cala sobre toda a terra. Também o cosmo toma parte deste evento: o escuro envolve pessoas e coisa, mas também neste momento de trevas Deus está presente, não abandona.

Na tradição bíblica, o escuro tem um significado ambivalente: é sinal da presença e da ação do mal, mas também de uma misteriosa presença e ação de Deus que é capaz de vencer toda treva. No livro do Êxodo, por exemplo, lemos: "O Senhor disse a Moisés: "Eis, eu estou por vir diante de ti em uma densa nuvem" (19,9); e ainda: "O povo se coloca distante, enquanto Moisés avançou em direção à nuvem escura onde estava Deus" (20,21). E nos discursos de Deuteronômio, Moisés narra: "O monte ardia, com o fogo que se levantava até sumidade do céu, entre trevas, nuvens e obscuridade" (4,11); vós ouvistes a voz em meio as trevas, enquanto o monte era todo em chamas" (5,23).

Na cena da crucificação de Jesus as trevas envolvem a terra e são trevas de morte nas quais o Filho de Deus se imerge para levar a vida, com o seu ato de amor.

Voltando à narração de São Marcos, diante dos insultos das diversas categorias de pessoas, diante do escuro que cala tudo, no momento no qual está diante da morte, Jesus com o grito da sua oração mostra que, junto ao peso do sofrimento e da morte no qual parece que existe um abandono, a ausência de Deus, Ele tem a plena certeza da proximidade do Pai, que aprova este ato supremo de amor, de dom total de Si, apesar de não se ouvir, como em outros momentos, a voz do alto.

Lendo os Evangelhos, se chega à conclusão que em outros momentos importantes da sua existência terrena, Jesus tenha visto associar-se aos sinais da presença do Pai e da aprovação ao seu caminho de amor, também a voz esclarecedora de Deus. Assim, no momento que segue o batismo no Jordão, ao romper dos céus, se ouvia a palavra do Pai: "Tu és meu Filho muito amado: em ti coloquei toda a minha afeição" (Mc 1,11). Na transfiguração, depois, ao sinal da nuvem se aproximava a palavra: "Este é meu filho muito amado, escutem-no!" (Mc 9,7). Ao invés disso, ao aproximar-se da morte do crucificado, vem o silêncio, não se escuta nenhuma voz, mas o olhar de amor do Pai permanece fixo sobre o dom de amor do Filho.

Mas qual significado a oração de Jesus, aquele grito que é lançado ao Pai: "Meu Deus, Meu Deus, por que abandonantes", a dúvida da sua missão, da presença do Pai? Nesta oração não existe talvez a consciência exata de ter sido abandonado? As palavras que Jesus dirige ao Pai são o início do Salmo 22, no qual o Salmista manifesta a Deus a tensão entre o se sentir deixado sozinho e a consciência certa da presença de Deus em meio ao seu povo. O Salmista reza: "Meu Deus, grito pela manhã e não respondes; à noite e não existe trégua para mim. Mesmo assim, tu és Santo, Tu sentas no trono entre os louvores de Israel" (v. 3-4). O Salmista fala de "grito" para exprimir todo o sofrimento da sua oração diante de Deus aparentemente ausente: no momento da angústia a oração de torna um grito.

E isto acontece também no nosso relacionamento com o Senhor: diante das situações mais difíceis e dolorosas, quando parece que Deus não escuta, não devemos temer de confiar a Ele todo o peso que trazemos no nosso coração, não devemos ter medo de gritar a Ele o nosso sofrimento, devemos estar convencidos que Deus está próximo, também se aparentemente não fala.
Repetindo da cruz as palavras iniciais do Salmo, "Eli, Eli, lemà sabactàni?" - "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?" (Mt 27,46), gritando as palavras do Salmo, Jesus reza no momento da última rejeição dos homens, no momento do abandono; reza, entretanto, com o Salmo, na consciência da presença de Deus Pai também nesta hora na qual sente o drama humano da morte.

Mas em nós surge uma pergunta: como é possível que um Deus tão potente não intervenha para livrar o Filho dessa prova terrível? É importante compreender que a oração de jesus não é um grito de quem vai de encontro ao desespero e à morte e nem mesmo é o grito de quem sabe que foi abandonado. Jesus naquele momento faz seu todo o Salmo 22, o Salmo do povo de Israel que sofre, e deste modo toma sobre si a pena do seu povo, mas também aquela de todos os homens que sofrem pela opressão do mal, e ao mesmo tempo, leva tudo isso ao coração do próprio Deus, na certeza que o seu grito será acolhido na Ressurreição: "o grito no extremo tormento é ao mesmo tempo certeza da resposta divina, certeza da salvação - não somente pelo próprio Jesus, mas por muitos" (Jesus de Nazaré II, 239-240).

Nesta oração de Jesus se unem a extrema confiança e abandono nas mãos de Deus, também quando parece ausente, também quando parece permanecer em silêncio, seguindo um desígnio a nós incompreensível.

No Catecismo da Igreja Católica lemos assim: No amor redentor que sempre o unia ao Pai, Jesus nos assumiu na nossa separação de Deus por causa do pecado ao ponto de poder dizer em nosso nome sobre a cruz: "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes"?(n.603). O seu é um sofrimento em comunhão conosco e para nós, que deriva do amor e já leva consigo a redenção, a vitória do amor.

As pessoas presentes sob a cruz de Jesus não conseguem entender e pensam que o seu grito seja uma suplica voltada para Elias. Na cena, elas procuram matar a sede dele para prolongar-lhe a vida e verificar se verdadeiramente Elias virá em seu socorro, mas um forte grito põe um fim à vida terrena de Jesus e ao desejo deles.

No momento extremo, Jesus deixa que no seu coração exprima dor, mas deixar emergir, ao mesmo tempo, o sentido da presença do Pai e o consenso ao seu desígnio de salvação para a humanidade. Também nós, nos encontramos sempre e novamente diante do "hoje" do sofrimento, do silêncio de Deus - o exprimimos tantas vezes na nossa oração - mas nos encontramos também diante do "hoje" da Ressurreição, da resposta de Deus que tomou sobre si os nosso sofrimentos, para levá-los juntos conosco e dar-nos a firme esperança que serão vencidos (cfr Encíclica Spe Salvi, 35-40)

Queridos amigos, na oração, levamos a Deus as nossas cruzes cotidianas, na certeza que Ele está presente e nos escuta. O grito de Jesus nos recorda como a na oração devemos superar as barreiras do nosso "eu" e dos nossos problemas e abrir-nos às necessidades e aos sofrimentos dos outros. A oração de Jesus que morre sobre a cruz nos ensine a rezar com amor por tantos irmãos e irmãs que sentem o peso da vida cotidiana, que vivem momentos difíceis, que estão na dor, que não tem uma palavra de conforto; levamos tudo isso ao coração de Deus, para que também esses possam sentir o amor de Deus que não nos abandona nunca. Obrigado!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CATEQUESE DO PAPA

Catequese de Bento XVI – 25/01/2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução de Mirticeli Medeiros - equipe CN Notícias)




CATEQUESE
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2012



Queridos irmãos e irmãs


         Na catequese de hoje concentramos a nossa atenção sobre a oração que Jesus dirige ao Pai na hora do seu enaltecimento e da sua glorificação. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica: “A tradição a define a oração sacerdotal de Jesus”. É aquela do nosso Sumo Sacerdote, a qual é inseparável do seu Sacrifício, da sua passagem (Páscoa) ao Pai, onde ele é inteiramente “consagrado” ao Pai. (n. 2747).

         Esta oração de Jesus é compreensível na sua extrema riqueza, sobretudo se a colocamos no contexto da festa judaica da expiação, o Yom kippur. Naquele dia o Sumo Sacerdote completa a expiação por si mesmo, depois pela classe sacerdotal e enfim pela inteira comunidade do povo. O objetivo é o de conduzir o povo de Israel, depois das transgressões do ano, à consciência da reconciliação com Deus, à consciência de ser um povo eleito, ‘povo santo’ em meio aos outros povos. A oração de Jesus, apresentada no capítulo 17 do Evangelho Segundo João, retoma a estrutura desta festa. Jesus naquela noite se volta ao Pai no momento no qual está oferecendo a si mesmo. Ele, sacerdote e vítima, ora por si mesmo, pelos apóstolos e por todos aqueles que acreditarão n’Ele, pela Igreja de todos os tempos (Jo 17,20).

          A oração que Jesus faz por si mesmo é o pedido da própria glorificação, do próprio enaltecimento na sua ‘hora’. Na realidade é mais um pedido e uma declaração de plena disponibilidade de entrar, livremente e generosamente, no desígnio do Pai que se cumpre na entrega, na morte e na ressurreição. Esta “Hora” é iniciada com a traição de Judas (Jo 13,31) e culminará na subida de Jesus ressuscitado ao Pai (Jo 20,17). A saída de Judas do cenáculo é comentada por Jesus com estas palavras: “Agora o Filho do Homem foi glorificado e Deus foi glorificado nEle” (Jo 13,31). Não acaso, Ele inicia a oração sacerdotal dizendo: “Pai, é chegada a hora: glorifica o teu Filho para que o Filho glorifique a ti” (Jo 17,1). A glorificação que Jesus pede por si mesmo como Sumo Sacerdote é o ingresso na plena obediência ao Pai, uma obediência que o conduz à sua mais plena condição filial: “E agora, Pai, glorifica-me diante de Ti com aquela glória que eu havia junto de Ti antes que o mundo existisse” (Jo 17,5). Esta disponibilidade e este pedido constituem o primeiro ato do sacerdócio novo de Jesus que é um doar-se totalmente na cruz, e exatamente sobre a cruz – o supremo ato de amor – Ele é glorificado, porque o amor é a alegria verdadeira, a glória divina.

         O segundo momento desta oração é a intercessão que Jesus faz pelos discípulos que estiveram com Ele. Eles são aqueles dos quais Jesus pode dizer ao Pai: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me destes. Eram teus e os destes a mim, e eles observaram a Sua Palavra” (Jo 17,6). “Manifestar o nome de Deus aos homens” é a realização de uma presença nova do Pai em meio ao povo, à humanidade. Este “manifestar” não é somente uma palavra, mas é a realidade em Jesus; Deus está conosco, e assim o nome - a sua presença conosco, o ser um de nós – se “realizou”. Portanto, esta manifestação se realiza na encarnação do Verbo. Em Jesus Deus entra na carne humana, se faz próximo em modo único e novo. E esta presença tem o seu ápice no sacrifício que Jesus realiza na sua Páscoa de morte e ressurreição.

         Ao centro desta oração de intercessão e de expiação em favor dos discípulos está o pedido de consagração; Jesus diz ao Pai: “Eles não são do mundo, também eu mandei-lhes ao mundo; por eles eu consagro a mim mesmo, para que sejam também eles consagrados na verdade” (Jo 17, 16-19). Pergunto: o que significa “consagrar” neste caso? Antes de tudo vale dizer que “Consagrado” ou “Santo” é propriamente somente Deus. Consagrar, portanto, quer dizer transferir uma realidade – uma pessoa ou coisa – para a propriedade de Deus. E nisto estão presentes dois aspetos complementares: de uma parte tirar das coisas comuns, segregar, colocar à parte do ambiente de vida pessoal do homem para serem doados totalmente a Deus; e da outra esta segregação, esta transferência à esfera de Deus, tem um significado próprio de envio, de missão: exatamente porque, doada a Deus, a realidade, a pessoa consagrada existe para os outros, é doada aos outros. Doar a Deus quer dizer não estar mais para si mesmo, mas para todos. É consagrado quem, como Jesus, é segregado do mundo e colocado à parte para Deus em vista de um objetivo e exatamente por isto está plenamente à disposição de todos. Para os discípulos, será continuar a missão de Jesus, ser doado a Deus para ser assim em missão por todos. A noite de Páscoa, o Ressuscitado, aparecendo aos seus discípulos, lhes dirá: “A paz esteja convosco. Como o Pai me envio assim eu vos envio” (Jo 20,21)

         O terceiro ato desta oração sacerdotal estende o olhar até o fim do tempo. Nela Jesus se volta ao Pai para interceder em favor de todos aqueles que serão levados à fé mediante a missão inaugurada pelos apóstolos e continuada na história: “Não oro somente por estes, mas também por aqueles que acreditarão em mim mediante a Palavra deles”. Jesus reza pela igreja de todos os tempos, reza também por nós (Jo 17,20). O Catecismo da Igreja Católica comenta: “Jesus levou a pleno cumprimento a obra do Pai, e a sua oração, como o seu Sacrifício, se estende até a consumação dos tempos. A oração da Hora preenche os últimos tempos e os leva em direção à consumação” (n.2749).

         O pedido central da oração sacerdotal de Jesus dedicada aos seus discípulos de todos os tempos é aquela da futura unidade de quantos acreditarão n’Ele. Tal unidade não é um produto mundano. Essa provém exclusivamente da unidade divina e chega a nós do Pai mediante o Filho e no Espírito Santo. Jesus invoca um dom que provém do Céu, e que tem o seu efeito – real e perceptível – sobre a terra. Ele reza “para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti. Que eles estejam em nós sejam também estes em nós, para que o mundo creia que Tu me enviastes” (Jo 17,21). A unidade dos cristãos de uma parte é uma realidade secreta que está no coração daqueles que creem. Mas, ao mesmo tempo, ela deve aparecer com toda a clareza na história, deve aparecer para que o mundo creia, tem um objetivo muito prático e concreto, deve aparecer para que realmente todos sejam uma coisa só. A unidade dos futuros discípulos, sendo em unidade com Jesus – que o Pai enviou pelo mundo – é também a fonte originária da eficácia das missões cristãs no mundo.

         Podemos dizer que na oração sacerdotal de Jesus se cumpre a instituição da Igreja. Exatamente ali, no ato da última ceia, Jesus cria a Igreja. Já que, não é a Igreja a comunidade dos discípulos que, mediante a fé em Jesus Cristo como enviado do Pai, recebe a sua unidade e é envolvida na missão de Jesus de salvar o mundo conduzindo-o ao conhecimento de Deus? Aqui encontramos realmente uma verdadeira definição da Igreja. A Igreja nasce da oração de Jesus. E esta oração não é somente palavra: é o ato no qual se consagra a si mesmo e por assim dizer, se sacrifica pela vida do mundo (Jesus de Nazaré, II)

         Jesus reza para que os seus discípulos sejam uma coisa só. Em força de tal unidade, recebida e guardada, a Igreja pode caminhar no mundo sem ser do mundo (cfr Jo 17,16) e viver a missão que lhe foi confiada para que o mundo creia no Filho e no Pai que a enviou. A igreja se torna então o lugar no qual se continua a missão do próprio Cristo: conduzir o mundo da alienação do homem em direção a Deus e a si mesmo, para fora do pecado, a fim que volte a ser o mundo de Deus.

         Queridos irmãos e irmãs, colhemos alguns elementos da grande riqueza da oração sacerdotal de Jesus, que vos convido a ler e meditar, para que os guie no diálogo com o Senhor, nos ensine a rezar. Também nós, então, na nossa oração, pedimos a Deus que nos ajude a entrar, de modo mais pleno, no projeto que Ele tem sobre cada um de nós, peçamos à Ele para sermos “consagrados” a Ele, para pertencer-lhe sempre mais para poder amar sempre mais os outros, os próximos e os que estão distantes; peçamos à Ele para sermos sempre capazes de abrir a nossa oração às dimensões do mundo, não fechando-a no pedido de ajuda pelos nossos problemas, mas recordando diante do Senhor o nosso próximo, aprendendo a beleza de interceder pelos outros; peçamos à Ele o dom da unidade visível entre todos os que creem em Cristo – invocamos isto com força na semana de oração pela Unidade dos Cristãos - oremos para estarmos prontos para responder a qualquer um que nos pergunte acerca da esperança que está em nós (cfr. IPT 3,15). Obrigado.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 46º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
 



«Silêncio e palavra: caminho de evangelização»
[Domingo, 20 de Maio de 2012]
Amados irmãos e irmãs,
         Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
          O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
          Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
          No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
         Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
         Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
         Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
         Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.
Vaticano, 24 de Janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 2012.

BENEDICTUS PP. XVI
© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana